Balanço de Energia na Indústria Química: Maximizando a Eficiência

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Autor: Maria Clara Santana

Em 2022, a Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química – apresentou dados expressivos sobre a Indústria Química no Brasil. De acordo com a associação, o setor é o sexto maior do mundo e gera cerca de dois milhões de empregos diretos e indiretos. Esses números reforçam a grandiosa contribuição desse setor para o crescimento do país.

Responsável pela fabricação de produtos químicos, sejam eles orgânicos ou inorgânicos, a Indústria Química se destaca por sua ampla gama de atuações, que inclui a petroquímica, a produção de cosméticos e, não se limitando a isso, a geração de agroquímicos. Por produzir os insumos necessários a tantos setores, pode ser considerada vital para o desenvolvimento. Nesse sentido, todas as ações que possam gerar repercussões positivas na Indústria Química são de grande importância para o Brasil.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o setor químico é o terceiro segmento industrial em maior consumo de energia. Considerando o iminente aumento do preço do kilowatt/hora, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a crescente demanda por soluções sustentáveis, maximizar a eficiência energética não é uma estratégia opcional, mas uma necessidade imperativa para garantir o lucro e reduzir os danos ao meio ambiente.

Para entender por que o consumo de energia é tão elevado nesse setor, é essencial considerar o conceito de balanço de energia. Segundo a Primeira Lei da Termodinâmica, a variação da energia interna de um sistema equivale à diferença entre a quantidade de calor absorvida pelo sistema e o trabalho por ele realizado. Como os processos na Indústria Química são fundamentados em reações químicas, que envolvem variações de entalpia, sejam reações endotérmicas ou exotérmicas, o fornecimento de energia e o controle preciso da temperatura são fundamentais para o sucesso operacional. Em outros termos, o balanço de energia na Indústria Química envolve considerar o calor fornecido ao sistema, o trabalho realizado pelo sistema e as mudanças na energia interna do sistema. A otimização desse balanço visa reduzir as perdas de energia, melhorar a eficiência dos processos e, consequentemente, diminuir os custos operacionais. Leia também nosso artigo sobre Produção limpa: economia e sustentabilidade.

 

Algumas das medidas para maximizar a eficiência energética na Indústria Química são: troca de lâmpadas – as de tecnologia LED têm um consumo consideravelmente menor; recuperação de energia térmica – aproveitamento do calor que seria liberado ao meio, convertendo-o em energia útil; e melhorias no isolamento térmico – capazes de reduzir de forma substancial o consumo de energia. Essas ações, além de diminuírem os gastos financeiros, aumentando a competitividade da indústria brasileira, também corroboram para a redução dos impactos ambientais, o que é uma demanda urgente.

Diante dos fatos supracitados, é notória a necessidade de maximizar a eficiência energética na Indústria Química. Ao compreender o conceito de balanço de energia, foi possível entender a busca por soluções que melhorem a eficiência dos processos, ou seja, que consumam menos energia. Somente medidas dessa natureza tornam viável a redução dos gastos com energia e o alinhamento desse setor com as crescentes demandas por práticas sustentáveis.

 

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Referências: 

 

[1] Dados da Abiquim: https://cfq.org.br/noticia/abiquim-promove-evento-para-discutir-o-futuro-da-quimica/ (acesso em 28/11/2023)

 

[2] Relatório do EPE, disponível em: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-160/topico-168/Fact%20Sheet%20-%20Anu%C3%A1rio%20Estat%C3%ADstico%20de%20Energia%20El%C3%A9trica%202022.pdf (acesso em 27/11/2023).

 

[3] Agência Senado (dados da Aneel), disponível em: 

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/10/05/sem-nova-lei-conta-de-energia-subira-diz-diretor-da-aneel-a-comissao (acesso em 28/11/2023).

 

[4] ATKINS, P. W. PAULA, J. de. Fundamentos de Físico-Química. Vol 1. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.

 

[5] Medidas de Eficiência Energética ajudam indústrias químicas na redução de custos e aumento da competitividade, disponível em: 

https://www.quimica.com.br/medidas-de-eficiencia-energetica-ajudam-industrias-quimicas-na-reducao-de-custos-e-aumento-da-competitividade/ (acesso em 28/11/2023).

 

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