Benefícios do craqueamento para a indústria petroquímica
Autora: Flávia Machado
Benefícios do craqueamento para a indústria petroquímica
Com o surgimento do automóvel durante o século XX, a demanda de uso de combustíveis cresceu de forma exorbitante, tornando necessária a procura por outros meios de produção. Foi então que a indústria petrolífera surgiu com o processo de conversão do petróleo que consiste na transformação das moléculas mais densas e de menor valor em partículas menores e mais leves que podem ser convertidas futuramente em gasolina. Craqueamento
Conforme a indústria petroquímica foi se desenvolvendo, o processo de conversão da matéria também foi sendo aprimorado. Hoje no Brasil um dos principais métodos de conversão do petróleo é o processo de craqueamento, podendo ser descrito principalmente como térmico ou catalítico. Com este processo o petróleo pode gerar subprodutos diversos, dependendo apenas dos processos que as moléculas leves serão submetidas em seguida.
Alguns exemplos de subprodutos obtidos pelo processo de craqueamento são: Gasolina, Querosene (combustível para aviões, por exemplo), Nafta (utilizado como matéria-prima para a produção de plástico), Óleos lubrificantes (para lubrificar motores de carros), Óleo diesel (combustível para caminhões, por exemplo), Betume (utilizado para realizar impermeabilização) e Asfalto.
CRAQUEAMENTO TÉRMICO
Também chamado de pirólise, o craqueamento térmico consiste no processo de aumento da temperatura do petróleo acima de 400°C na ausência de oxigênio ou ar ocasionando a quebra das moléculas mais densas do petróleo. Isso ocorre pois, a energia cinética das moléculas do petróleo tende a aumentar com o aumento da temperatura, e assim, quando a temperatura cinética dessas moléculas se mostra maior que a temperatura potencial que mantém os átomos ligados, ocorre a quebra dessas moléculas.
Na figura abaixo pode-se observar o processo de craqueamento térmico do petróleo fazendo uso de uma torre de destilação. O petróleo aquecido à 400 °C é transferido para a torre de destilação e assim se torna possível a retirada dos subprodutos do sistema de acordo com a temperatura necessária para obtenção de cada um.
Esquema do processo de craqueamento térmico do petróleo fazendo uso de uma torre de destilação
CRAQUEAMENTO CATALÍTICO
Pode ser definido também como um processo de quebra de ligações mais densas através do fornecimento de energia térmica e o uso de um catalisador. Apesar de possuir como método principal o uso da energia térmica assim como no craqueamento térmico, o uso de um catalisador específico permite um maior rendimento dos subprodutos do petróleo.
A presença do catalisador no sistema permite a utilização de menores valores de pressão e temperatura, facilitando a utilização deste método nas refinarias, e também permite um controle maior dos mecanismos da reação. Na figura a seguir é possível observar o processo de craqueamento catalítico do gasóleo (Óleo diesel).
Esquema do processo de craqueamento catalítico do gasóleo.
Assim, pode-se observar que o processo de craqueamento surgiu como uma das soluções encontradas para abarcar a alta demanda de combustíveis no mundo. Apesar do surgimento de outros métodos de produção, o craqueamento do petróleo ainda se mostra uma das principais maneiras de se produzir combustíveis.
O petróleo ainda é a principal fonte de energia para as indústrias, e por isso espera-se que o processo de craqueamento continue sendo desenvolvido de modo a gerar um maior rendimento e seletividade dos subprodutos do petróleo. Se você ficou interessado no assunto e deseja saber mais sobre, acredito que também irá gostar do nosso E-book sobre soluções industriais e dos conteúdos em nosso site.
REFERÊNCIAS
https://macofren.com/desenvolvimento-do-processo-de-craqueamento/
http://www.laco.ufpe.br/wp-content/uploads/2013/08/aula11.pdf
https://www.proderna.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/teses/2017/Anderson%20Mathias%20Pereira%20-%20Tese.pdf
https://www.google.com.br/amp/s/www.todamateria.com.br/refino-petroleo/amp/