Cruelty-Free: Como o modelo de testagem vem se estabelecendo na indústria de cosméticos
Autor: Douglas Oliveira
Os cosméticos veganos e Cruelty-Free vieram para o mercado como consequência do desenvolvimento da consciência ambiental, além da busca por vias sustentáveis de produção e preservação do meio ambiente. Por definição, Cruelty-free é o termo que caracteriza um produto livre de crueldade, mais especificamente o que não foi testado em animais, prática ainda adotada por muitas marcas causando danos aos animais submetidos a estes procedimentos.
Com esta nova visibilidade e conscientização acerca dos meios de produção, os consumidores passaram a se atentar a quais marcas que utilizam de animais para testagem de seus produtos, evitando-as. Dessa forma, o Cruelty-free se tornou um diferencial dentro do mercado e vem transformando a indústria de cosméticos ao se tornar gradualmente uma exigência do consumidor.
Vale destacar que, não testar o cosmético que sua empresa comercializará não é uma opção para enquadrar-se nesta tendência de mercado. A testagem de produtos é imprescindível para as empresas, pois é preciso garantir a segurança do consumidor, a aceitação ao organismo do usuário. Por conseguinte, não há como desenvolver produtos ou inovações sem passar por essa etapa.
Nesse sentido, as empresas precisam encontrar novas formas de realizar as testagem dos seus produtos. Com o avanço tecnológico, é possível desenvolver novas formas de atestar o funcionamento de um produto sem a exploração animal. Este fator, configura uma das vantagens de contratar o serviço de desenvolvimento de produtos, já que, por este caminho é possível levantar várias possibilidades de teste, a regulamentação adequada destes e a viabilidade de tornar seu produto Cruelty-Free.
Esta inovação traz ética, precisão e transparece confiança para o consumidor da marca. É pertinente ressaltar no entanto que, esta transparência é efetivada e validada somente por meio da obtenção do selo referente ao Cruelty-free, o qual é atribuído por instituições independentes e ONGs como a Cruelty Free International que realiza auditorias e atribui o selo que comprova o posicionamento da empresa.
Para tanto, é necessário que explicitamente não exista maus tratos contra animais durante toda a cadeia produtiva. Investir nesta metodologia de produção e obtenção do selo é válido e tem potencial de retorno, haja vista que, quando o negócio se adequa ao meio de produção Cruelty-free, há uma atração maior para o produto. De acordo com estudo realizado com Maldonado e Silva (2015) 63% dos entrevistados, o que corresponde a 24 pessoas responderam que fazem o consumo de produtos cruelty-free há menos de cinco anos. O que mostra que desde 2015 existe um público que se atenta a esse diferencial no mercado. Porém, este número tende a subir, uma vez que, temáticas como sustentabilidade e transparência ao consumidor tem se aflorado.
Veja mais em: Como a sustentabilidade se tornou um diferencial para o Grupo Boticário.
Portanto, com o passar dos anos e o aumento da consciência do consumidor, a tendência é que a sociedade se torne cada vez mais adepta a produtos Cruelty-free. Dessa forma, para que as indústrias continuem competindo no mercado esta é uma forma de inovar, diferenciar e investir na estabilidade da marca. Por esse motivo, diversas empresas como, O Boticário, Natura, Sallve, Quem Disse Berenice? e Vult não realizam testes em animais.
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