5 fatores que interferem na durabilidade do seu produto

 em Alimentício, Conservação, Cosméticos
Autora: Ana Beatriz Oliveira

  Um produto de qualidade e adequado para consumo é o ideal para quem compra e o procurado pelo produtor. Nesse sentido, o fator tempo faz muita diferença, podendo evitar desconfortos, prejuízos e contratempos, já que, nem tudo envelhece como vinho, certo? Assim, o grande aliado para manter e estabelecer um padrão impecável é o Shelf-Life, também conhecido como tempo de prateleira, com ele é possível identificar não só a durabilidade do produto, mas também, encontrar formas de ampliá-la. Ninguém quer comercializar algo que já é entregue prestes a estragar.

 

  Posto isto, é preciso lembrar que os alimentos naturalmente têm alterações químicas, físicas e biológicas que refletem em sua cor, cheiro, gosto e valor nutricional, desse modo, em algum momento essas características não irão agradar ao consumidor e não representarão a mercadoria prometida. Nesse sentido, a melhor forma de evitar problemas com esse tipo de situação é seguir o exemplo de marcas como a Nestlé, conhecendo mais a fundo o material e o que pode influenciar em sua conservação. Pensando nisso, a Prisma Jr. fez esse artigo e listamos aqui “5 fatores que interferem na durabilidade do seu produto”:

  • Atividade da água

   A atividade da água (aW) tem se tornado um elemento de análise cada vez mais importante para os produtores, visto que, é uma medida que se refere não apenas à umidade mas sim permite mensurar a quantidade de água no alimento que está propensa a ser utilizada pelos microrganismos presentes e participar de reações químicas e enzimáticas.

  Este fator é medido em uma escala que varia de 0 a 1, sendo que quanto maior este valor maior é o risco de deterioração. Assim, alimentos com baixa atividade da água são de alta conservação. Algumas formas recorrentes de reduzir a aW são:

  • Embalagem

  Apesar de parecer um detalhe simples, usualmente voltado à identidade da marca, a embalagem pode ser um fator determinante na durabilidade do seu produto. Isto porque, é na forma de embalar que elementos como a presença de oxigênio – conhecido por facilitar a deterioração – são definidos, assim é um ponto que vale a pena analisar, já que, para alguns produtores compensará mais utilizar as a vácuo ou alguma com atmosfera alterada por exemplo.

  Além disso, quesitos como material(vidro, plástico, metal…) e cor podem ser grandes diferenciais para garantir que o produto seja submetido às melhores condições de pressão e exposição à luz para sua conservação.

 

  • Nutrientes e acidez

  A presença de microorganismos é uma das maiores preocupações no que se refere a manter as características de um produto, neste sentido, um caminho válido é agir mapeando os fatores que estimulam naturalmente sua existência e proliferação, dentre eles, estão a concentração de nutrientes e o grau de acidez.

 

  Produtos cujo pH se aproximam de 7 (neutro), apresentam maior dificuldade de conservação justamente por esta ser a faixa em que a maioria dos microrganismos se reproduzem com facilidade. Sendo assim, uma estratégia recorrente utilizada em molhos, por exemplo, é investir em meios para acidificar o alimento (o fator 5 deste artigo apresenta um meio ótimo para isso!!).

  Nesse viés, atentar-se à presença de nutrientes também é muito pertinente, quanto menor for tal índice maior será o tempo de conservação. Isto porque, a alta concentração faz com que fungos e bactérias subsistam no alimento, assim, com menos estes microrganismos têm dificuldade para se manter. Isto quer dizer que seu produto não pode ser nutritivo? De forma alguma! Significa que em caso de se pretender manter a alta concentração, é preciso ter cuidado com o tempo de prateleira e investir no controle de outros fatores.

  • Armazenamento

  Neste quarto tópico, apresentamos um fator de grande influência na conservação tanto no ambiente de estoque quanto no de consumo. Isto porque, forma e tempo de armazenamento estão diretamente ligados à exposição a luz, temperatura e umidade, sendo que, uma variação muito grande destes aspectos afeta significativamente a vida útil do alimento.

  Dessa maneira, é muito importante avaliar as características do seu produto para definir a melhor forma de armazená-lo antes da comercialização, isso porque, de modo geral locais muito úmidos com temperaturas entre 5 º e 65 º, por exemplo, são ambientes propensos à proliferação de microorganismos, no entanto, para alguns será mais adequado manter a temperatura abaixo de 5º enquanto para outros guardar acima de 65º ou investir em processos como esterilização e pasteurização compensam.

  Ademais, sabendo por quanto tempo a qualidade de seu produto é mantida no ambiente, é possível organizar o envio para o consumidor de forma segura, selecionando a ordem de saída dos alimentos por meio de métodos como FIFO (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) e FEFO (o primeiro a expirar é o primeiro a sair). Além disso, tal conhecimento sobre a “validade” enquanto a mercadoria está lacrada abre espaço para a análise de como e por quanto tempo quem comprou deverá armazená-lo. O ketchup, por exemplo, deve ser guardado na geladeira mas seu tempo apto para consumo após aberto varia de 14 dias a 2 meses de acordo com o fabricante.

  • Aditivos alimentares e antimicrobianos

  Uma forma eficiente de prorrogar o shelf-life do seu produto é investindo na adição de constituintes voltados a tal fim, estes podem ser desde componentes antimicrobianos naturais como a canela, amora, cravo da índia e casca de ovo até aditivos alimentares, que são materiais de uso recorrente na indústria.

  Vale destacar que, estes últimos são definidos pela Anvisa como “todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento” e sua utilização é regida pelas boas práticas de fabricação.

  Assim, para emprego destes aditivos é necessário atender às regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mas de forma específica que tipo de substância são essas? Dentre os aditivos alimentares estão:

  Por fim, sabendo que o Shelf-Life dá à empresa maior credibilidade e comprometimento com seus clientes, é preciso estar atento aos elementos citados neste artigo. Você considera que alguns destes 5 fatores podem ser melhor avaliados no seu negócio? Nós podemos te ajudar! Entre em contato conosco e agende já o seu diagnóstico gratuito!

Extra: Está pensando em desenvolver seu produto mas não consegue tirá-lo do papel ou não sabe por onde começar? Talvez você goste de Primeiros passos para o desenvolvimento de produtos alimentícios”.

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