Taxa SELIC: como ela afeta o seu empreendimento?

 em Gestão
“Banco Central mantém Taxa SELIC [1] a 6,5%”
Quantas vezes você ouviu ou leu esse tipo de notícia em telejornais ou em redes sociais nos últimos meses? A cada 45 dias, uma mensagem similar à citada acima é lançada na mídia, pois é quando o Copom (Comitê de Política Monetária) – comitê do Banco Central (BC), responsável por traçar a política monetária do país – se reúne para discutir as diretrizes de taxa de juros do Brasil.
[1] SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Aqui chamaremos de taxa SELIC, taxa básica de juros ou simplesmente SELIC.
Mas por que o BC geralmente altera a taxa básica de juros do país a cada um mês e meio? Bom, muitos economistas explicam que o mecanismo de se elevar ou reduzir a taxa SELIC tem como intuito principal controlar a inflação do país, mas é melhor entender como isso ocorre através de um exemplo fictício.
Imagine que certo dia o Banco A tem mais saques do que depósitos, mas ele precisa cumprir com suas obrigações perante seus clientes (senão vira calote). Digamos que neste mesmo dia o Banco B tenha tido mais depósitos que saques, logo, o Banco B tem dinheiro “sobrando”. Com o intuito de conter o “rombo” do Banco A, o Banco B empresta o dinheiro que falta para igualar a equação “depósitos – saques” ao Banco A, acrescido de uma taxa de juros. Que taxa seria essa? Ela mesma, a taxa SELIC, ditada pelo BC. Caso essa taxa de juros seja muito baixa, os bancos tenderão a emprestar dinheiro entre si a um custo menor e, consequentemente, poderão emprestar dinheiro a um custo menor a seus clientes, ou seja, a mim e a você.
Bem, mas em que isso afeta a sua vida como um empreendedor? A taxa básica de juros é que baliza o custo de empréstimos e serve como base dos rendimentos de investimentos de renda fixa [2]. Assim, quando a taxa SELIC está muito alta, há a tendência de se elevar a taxa de juros de empréstimos dos bancos para pessoas físicas e jurídicas. Isto é, tomar empréstimos para novos projetos se torna mais caro. Porém, com elevação da SELIC, há uma tendência de se elevar a rentabilidade de investimentos de renda fixa também, sejam eles títulos públicos ou privados. De forma simples, é mais fácil e rentável para um empreendedor investir seus recursos excedentes nesse tipo de investimento do que lançar novos serviços ou produtos no mercado. Em caso de baixa da SELIC, o comportamento é o oposto.
[2] Investimentos de renda fixa – são títulos que pagam, em períodos definidos, certa remuneração, que pode ser determinada no momento da aplicação ou no momento do resgate (no final da aplicação). O modo mais fácil de entender o que é um título de renda fixa é imaginar cada título como um empréstimo.
Empreendedores, sendo pessoas inovadoras que buscam atender constantemente as demandas que surgem no mercado, não podem ficar a mercê do governo para saber qual melhor momento para expandir seus negócios.
Sabendo disso, não é prudente desenvolver novos negócios sem antes fazer um estudo detalhado de seus potenciais ganhos.
Assim, qual forma de saber se determinado projeto é viável ou não? Como saber se vale a pena investir tempo e dinheiro em um determinado produto ou serviço novo?
O Estudo de Viabilidade Econômica (EVE) é um tipo de análise feita que tem por intuito responder a seguinte questão: Compensa gastar tempo e dinheiro nesse projeto? A resposta a esta pergunta possibilita fazer projeções e visualizar o potencial de retorno do novo projeto.
Geralmente o EVE é realizado após o Estudo de Viabilidade Técnica (EVT) de algum novo projeto. O estudo completo é conhecido como Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE).
O EVT tem como objetivo responder a pergunta: Esse projeto é tecnologicamente e cientificamente possível?
Se após profundas pesquisas a resposta for sim, inicia-se o EVE, onde são feitas projeções de receitas, custos e despesas do novo projeto através da análise do fluxo de caixa da empresa. Por meio dessas projeções, é possível calcular alguns indicadores, que auxiliam o estudo do caso.
Um destes indicadores (normalmente o primeiro de um EVE) é conhecido como Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que representa o retorno mínimo esperado para um investimento. É justamente este indicador que iremos propor como ganho mínimo referencial tendo como base a taxa SELIC. Para que um projeto seja viável, a TMA deve ser sempre maior que a taxa SELIC, pois, se não for assim, como foi dito no início deste artigo, vale mais a pena investir em títulos do governo (renda fixa) atrelados à SELIC. Por exemplo, nesse mês – junho de 2018 – a meta da taxa SELIC está em 6,5% ao ano. Uma TMA prudente deve ser de 7 a 8% de retorno.
Existem outros indicadores importantes como VPL, TIR, ROI, payback, etc., para saber se um projeto é viável.
Se todos esses indicadores parecem mais uma sopa de letrinhas, mas ainda assim você está pensando em lançar um novo produto ou serviço, não deixe de nos contatar. Iremos te ajudar a alocar seus recursos naquilo em que lhe trará a maior rentabilidade, sendo verdadeiros parceiros na perpetuação de seus negócios.
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